Boeing 256 (C1B)

HISTÓRICO

O Boeing 256 era um caça biplano, com asas de madeira e fuselagem de metal, semi-monocoque, produzido como uma variante para exportação do Boeing F4B.

O Boeing F4B foi utilizado pela US Navy e US Marine Corps a partir de 1931. Os F4B utilizados pela USN eram dotados de um gancho de parada, para uso a bordo de porta-aviões; já os utilizados pelo USMC não eram equipados com gancho. A última versão naval foi o F4B-4, 92 dos quais foram produzidos entre 1931 e 1933.

No Brasil

Durante a revolução de 1932, o governo adquiriu 14 Boeing 256 nos EUA, oito dos quais foram entregues à Aviação Militar (do Exército), e os restantes à Aviação Naval, onde foram designados como C1B (a letra “C” indicava a função, caça; a letra “B” indicava o fabricante; e o algarismo “1” indicava ser o primeiro modelo de caça da daquela fabricante, usado pela Marinha). Todos eles foram distribuídos à 1ª Divisão de Combate.

Essas aeronaves receberam as matrículas C1B-33 a C1B-38, ostentando os códigos 1-C-1 a 1-C-6 na fuselagem; posteriormente, duas aeronaves receberam os códigos 1-C-19 e 1-C-20. Os C1B não eram equipados com ganchos de parada.

Em 1932, a Aviação Naval organizou uma unidade de demonstração aérea, equipada com três aviões Boeing 256 e tendo como integrantes: Capitão-de-Corveta Djalma Fontes Cordovil Petit, Capitão-Tenente Lauro Oriano Menescal e Capitão-Tenente José Kahl Filho. A esquadrilha logo atraiu a atenção pela precisão com que as manobras aerobáticas eram realizadas. Em janeiro de 1933, foi convidada a participar da cerimônia de inauguração do Aeroporto Internacional de Montevidéu; nos meses de agosto a outubro do mesmo ano, acompanhou o Presidente Getúlio Vargas em viagem às capitais do norte do Brasil. No seu regresso ao Rio de Janeiro, a 5 de outubro, escoltou o dirigível alemão Graf Zepellin.

Com a extinção da Aviação Naval em 1941, as duas aeronaves restantes foram transferidas à FAB.

 

 

O piloto de um C1B, mostrando a insígnia da esquadrilha na fuselagem.

Características técnicas (Boeing 256)

Motor Um motor radial, de 9 cilindros,
Pratt & Whitney S1D1 Wasp de 550 HP,
refrigerado a ar.
Envergadura 9,14 m
Comprimento 6,10 m
Altura 2,84 m
Superfície alar 21,13 m2
Peso 1.067 kg (vazio); 1.637 kg (máximo)
Velocidade 281 km/h (máxima)
Razão de ascensão 667 m/min
Teto de serviço 8.199 m
Alcance 530 km com combustível interno,
1.100 km com tanque externo de 208,17 l.
Armamento 2 metralhadoras Colt Browning .30 pol,
sincronizadas; dois cabides subalares para
2 bombas de até 52,6 kg.

Vistas laterais

C1B nº 35, aeronave do Comandante da 1ª seção.
C1B nº 35, vista inferior.
C1B nº 35, vista superior.
C1B nº 36, aeronave nº 2 da 1ª seção.
C1B nº 38, aeronave nº 3 da 1ª seção.

Bibliografia:

  1. J. Flores Jr., “Aeronaves Militares Brasileiras – 1916 – 2015”, Action Editora, Rio de Janeiro, 2015.
  2. J.M. Andrade. Latin-American Military Aviation. Midland Counties Publications, Leicester, 1982.
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